Os sentimentos de culpa são provenientes das normas culturais, familiares ou morais e são transmitidos pelas gerações. Todos nós, em algum momento de nossas vidas, já nos sentimos culpados por alguma coisa que falamos, fizemos, ou ainda por coisas que deixamos de fazer ou mesmo de falar.
Estes sentimentos de culpa podem ou não ser inapropriados. Eles podem ser sadios, quando, por exemplo, após ter prejudicado alguma pessoa o indivíduo sente-se culpado e a partir disto tenta reparar o ocorrido. Por outro lado, o sentimento de culpa doentio é uma angústia perseguidora, desencadeada por exigências irracionais de ordem cultural, ética e religiosa.
Os sentimentos de culpa doentios podem ser péssima companhia para cuidadores de idosos, porém eles costumam acompanhar bons cuidadores, prejudicando ainda mais sua qualidade de vida. É freqüente o relato de cuidadores familiares dedicados que se sentem culpados por terem de contratar cuidadores profissionais, por trabalharem fora, por terem que pedir ajuda a outros parentes ou por terem de levar o idoso para uma ILPI. Também se sentem culpados quando o estado de saúde do idoso piora, mesmo que seja em conseqüência da própria doença e não dos cuidados recebidos.
O cuidador pode sofrer muito mais em decorrência de seus sentimentos de culpa doentios do que em relação ao que realmente está acontecendo com o idoso. Já é um sofrimento grande saber que o quadro clínico de seu ente querido teve uma piora, mas dói ainda mais se culpar por uma coisa que não depende de você. É triste ter que contratar um profissional para cuidar de alguém que antigamente era independente, mas o familiar precisa entender que, em função de alguma doença, esta é uma necessidade do idoso e contratar um cuidador é a atitude mais sensata a se fazer para garantir o bem-estar do idoso e de si mesmo, pois se sobrecarregar só irá piorar a situação.
Com todas as dificuldades enfrentadas pelo cuidador familiar, este precisa ter a serenidade de discernir dois tipos de situações: aquelas nas quais ele realmente tem condições de atuar para modificá-las e assim beneficiar o idoso e aquelas que acontecem independente de sua atuação, como por exemplo, a evolução de uma doença. Discernir estas situações e procurar deixar de culpar-se por tudo o que acontece é um grande passo para que o cuidador tenha uma melhor qualidade de vida, minimizando sua angústia e ansiedade.
Por outro lado os sentimentos de culpa sadios podem fazer com que um cuidador mais relapso reavalie seu comportamento frente ao idoso que necessita de cuidados e mude sua postura. Muitos familiares acabam, por diversos motivos, se afastando do idoso que necessita de cuidados, o que acarreta danos para um outro cuidador (que fica sobrecarregado), para o idoso (que se vê privado da companhia de alguém estimado) e para o próprio indivíduo (que se afasta de todos, recusa ajuda a quem precisa e pode se culpar por isto). Neste sentido o sentimento de culpa será positivo, pois poderá fazer o familiar reavaliar a situação e tentar agir de forma a reparar seu erro, ou seja, reparando o ocorrido e assumindo seu papel de cuidador. Todos irão se beneficiar das atitudes resultantes do sentimento de culpa.
Estes sentimentos de culpa podem ou não ser inapropriados. Eles podem ser sadios, quando, por exemplo, após ter prejudicado alguma pessoa o indivíduo sente-se culpado e a partir disto tenta reparar o ocorrido. Por outro lado, o sentimento de culpa doentio é uma angústia perseguidora, desencadeada por exigências irracionais de ordem cultural, ética e religiosa.
Os sentimentos de culpa doentios podem ser péssima companhia para cuidadores de idosos, porém eles costumam acompanhar bons cuidadores, prejudicando ainda mais sua qualidade de vida. É freqüente o relato de cuidadores familiares dedicados que se sentem culpados por terem de contratar cuidadores profissionais, por trabalharem fora, por terem que pedir ajuda a outros parentes ou por terem de levar o idoso para uma ILPI. Também se sentem culpados quando o estado de saúde do idoso piora, mesmo que seja em conseqüência da própria doença e não dos cuidados recebidos.
O cuidador pode sofrer muito mais em decorrência de seus sentimentos de culpa doentios do que em relação ao que realmente está acontecendo com o idoso. Já é um sofrimento grande saber que o quadro clínico de seu ente querido teve uma piora, mas dói ainda mais se culpar por uma coisa que não depende de você. É triste ter que contratar um profissional para cuidar de alguém que antigamente era independente, mas o familiar precisa entender que, em função de alguma doença, esta é uma necessidade do idoso e contratar um cuidador é a atitude mais sensata a se fazer para garantir o bem-estar do idoso e de si mesmo, pois se sobrecarregar só irá piorar a situação.
Com todas as dificuldades enfrentadas pelo cuidador familiar, este precisa ter a serenidade de discernir dois tipos de situações: aquelas nas quais ele realmente tem condições de atuar para modificá-las e assim beneficiar o idoso e aquelas que acontecem independente de sua atuação, como por exemplo, a evolução de uma doença. Discernir estas situações e procurar deixar de culpar-se por tudo o que acontece é um grande passo para que o cuidador tenha uma melhor qualidade de vida, minimizando sua angústia e ansiedade.
Por outro lado os sentimentos de culpa sadios podem fazer com que um cuidador mais relapso reavalie seu comportamento frente ao idoso que necessita de cuidados e mude sua postura. Muitos familiares acabam, por diversos motivos, se afastando do idoso que necessita de cuidados, o que acarreta danos para um outro cuidador (que fica sobrecarregado), para o idoso (que se vê privado da companhia de alguém estimado) e para o próprio indivíduo (que se afasta de todos, recusa ajuda a quem precisa e pode se culpar por isto). Neste sentido o sentimento de culpa será positivo, pois poderá fazer o familiar reavaliar a situação e tentar agir de forma a reparar seu erro, ou seja, reparando o ocorrido e assumindo seu papel de cuidador. Todos irão se beneficiar das atitudes resultantes do sentimento de culpa.
Luciene C. Miranda Psicóloga - lucienecm@yahoo.com.br
Fonte: http://www.cuidardeidosos.com.br/os-sentimentos-de-culpa/
Fonte: http://www.cuidardeidosos.com.br/os-sentimentos-de-culpa/
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