Por que é difícil aceitar a morte? Algumas pessoas podem ter um medo terrível da morte e isso pode gerar angústia, depressão e sofrimento. É necessário conversar sobre esse assunto, por exemplo, lendo e refletindo um dos textos bíblicos sugeridos no final deste capítulo, no momento da visita, junto com os familiares. Essa prática pode afastar qualquer temor que a pessoa possa ter sobre a finitude da vida, sobre a morte.
Antigamente, as famílias eram responsáveis por cuidar e proteger os seus idosos até na hora da morte, e quase sempre existia a ajuda dos vizinhos, parentes e amigos. Hoje em dia, a pessoa é transferida para um serviço de saúde sofisticado, no qual avanços científicos permitem prolongar a vida e, em muitos casos, prolongar também o sofrimento físico e emocional, devido ao isolamento e ao afastamento do convívio da família e dos amigos, provocando assim a morte social da pessoa.
Mesmo com o avanço das ciências e da tecnologia, que aumentam a sobrevida das pessoas, a vida terá um fim. Trata-se de um fato inegável perante nossos sentidos imediatos: todos os seres vivos morrem. “Se o grão de trigo não cair na terra e não morrer, fica sozinho. Mas se morre, produz muito fruto.” (Jo 12, 24).
A finitude passa a ser uma preocupação maior com a chegada da velhice, principalmente com a perda de amigos, parentes, familiares e de pessoas do convívio social. Por mais que a morte seja racionalmente compreensível do ponto de vista biológico, não é possível enfrentá-la ou aceitá-la com “naturalidade”. Ela contrasta com o instinto mais profundo do ser humano, o de viver eternamente.
É necessário ter confiança, fé e esperança.É necessário habituar-se a pensar com confiança no mistério da morte, para que o encontro definitivo com Deus se realize num clima de paz interior , consciente de que Aquele que nos acolhe é o mesmo que “nos teceu desde o seio materno” Sl 138 e nos quis “à Sua imagem e semelhança” (Gn 1,27).
Por meio da fé, a pessoa entende o mistério da morte e consegue serenidade na velhice, não mais considerada e vivida como espera passiva de algo destruidor, mas como promissora aproximação à meta da plenitude. Em Cristo, a realidade dramática e desconcertante da morte é resgatada e transformada, até manifestar a face de uma “irmã” que nos conduz aos braços do Pai.
Outra maneira de encarar essa transição está na Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios 5,1-2: “Nós sabemos: quando a nossa morada terrestre, a nossa tenda, for desfeita, recebemos de Deus uma habitação no céu, uma casa eterna não construída por mãos humanas. Por isso, suspiramos neste nosso estado, desejosos de revestir o nosso corpo celeste”.
Por causa de nossa fé em Cristo, cremos que Deus nos designou para viver na eternidade junto d’Ele. Deixaremos esta terra, o lugar de morada temporária, para viver em nosso lar permanente, que irá durar para sempre. Nosso medo é deixar a vida neste mundo, e o apóstolo Paulo nos ensina: “Se a nossa esperança em Cristo é somente para esta vida, nós somos os mais infelizes de todos os homens” (ICor .15,19).
O Papa João Paulo II escreveu uma carta maravilhosa, no ano de 1999, quando se celebrava o Ano Internacional do Idoso. A carta se chama “Carta aos Anciãos”. Vejamos alguns pensamentos dele sobre a Eternidade: “Se a existência de cada um de nós é tão limitada e frágil, conforta-nos o pensamento de que, graças à alma espiritual, sobrevivemos à morte. A fé oferece-nos uma esperança que não confunde.” “A existência humana, apesar de sujeita ao tempo, é colocada por Cristo no horizonte da imortalidade. Ele fez-se homem entre os homens, para reunir o fim com o princípio, isto é, o homem com Deus.”
“O espírito humano, mesmo ressentindo-se do envelhecimento do corpo, permanece de certa forma sempre jovem, se viver orientado para o eterno.” “Se a vida é uma peregrinação em direção à pátria celestial, a velhice é o tempo no qual se olha mais naturalmente para o limiar da eternidade.” “Sinto uma grande paz quando penso no momento em que o Senhor me chamar: de vida em vida!”Se a pessoa idosa que você acompanha está doente, convém visitá-la mais vezes, levando amizade, solidariedade e conforto espiritual. Nessas visitas, fazer uma reflexão com mais tempo junto à família. Para isso, podem ser utilizados os seguintes textos bíblicos, um a cada visita:
• 2Coríntios 4, 16-18 ; 2Coríntios 5, 1-10 ;
• I Coríntios 15, 51-58;
• I Tessalonicenses 4,13-18
• Romanos 8,18-24
• Salmo 23 (22); Salmo 122 (l23)
Fonte: Guia do Lider: Pastoral da Pessoa Idosa pgs 113-114.
Antigamente, as famílias eram responsáveis por cuidar e proteger os seus idosos até na hora da morte, e quase sempre existia a ajuda dos vizinhos, parentes e amigos. Hoje em dia, a pessoa é transferida para um serviço de saúde sofisticado, no qual avanços científicos permitem prolongar a vida e, em muitos casos, prolongar também o sofrimento físico e emocional, devido ao isolamento e ao afastamento do convívio da família e dos amigos, provocando assim a morte social da pessoa.
Mesmo com o avanço das ciências e da tecnologia, que aumentam a sobrevida das pessoas, a vida terá um fim. Trata-se de um fato inegável perante nossos sentidos imediatos: todos os seres vivos morrem. “Se o grão de trigo não cair na terra e não morrer, fica sozinho. Mas se morre, produz muito fruto.” (Jo 12, 24).
A finitude passa a ser uma preocupação maior com a chegada da velhice, principalmente com a perda de amigos, parentes, familiares e de pessoas do convívio social. Por mais que a morte seja racionalmente compreensível do ponto de vista biológico, não é possível enfrentá-la ou aceitá-la com “naturalidade”. Ela contrasta com o instinto mais profundo do ser humano, o de viver eternamente.
É necessário ter confiança, fé e esperança.É necessário habituar-se a pensar com confiança no mistério da morte, para que o encontro definitivo com Deus se realize num clima de paz interior , consciente de que Aquele que nos acolhe é o mesmo que “nos teceu desde o seio materno” Sl 138 e nos quis “à Sua imagem e semelhança” (Gn 1,27).
Por meio da fé, a pessoa entende o mistério da morte e consegue serenidade na velhice, não mais considerada e vivida como espera passiva de algo destruidor, mas como promissora aproximação à meta da plenitude. Em Cristo, a realidade dramática e desconcertante da morte é resgatada e transformada, até manifestar a face de uma “irmã” que nos conduz aos braços do Pai.
Outra maneira de encarar essa transição está na Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios 5,1-2: “Nós sabemos: quando a nossa morada terrestre, a nossa tenda, for desfeita, recebemos de Deus uma habitação no céu, uma casa eterna não construída por mãos humanas. Por isso, suspiramos neste nosso estado, desejosos de revestir o nosso corpo celeste”.
Por causa de nossa fé em Cristo, cremos que Deus nos designou para viver na eternidade junto d’Ele. Deixaremos esta terra, o lugar de morada temporária, para viver em nosso lar permanente, que irá durar para sempre. Nosso medo é deixar a vida neste mundo, e o apóstolo Paulo nos ensina: “Se a nossa esperança em Cristo é somente para esta vida, nós somos os mais infelizes de todos os homens” (ICor .15,19).
O Papa João Paulo II escreveu uma carta maravilhosa, no ano de 1999, quando se celebrava o Ano Internacional do Idoso. A carta se chama “Carta aos Anciãos”. Vejamos alguns pensamentos dele sobre a Eternidade: “Se a existência de cada um de nós é tão limitada e frágil, conforta-nos o pensamento de que, graças à alma espiritual, sobrevivemos à morte. A fé oferece-nos uma esperança que não confunde.” “A existência humana, apesar de sujeita ao tempo, é colocada por Cristo no horizonte da imortalidade. Ele fez-se homem entre os homens, para reunir o fim com o princípio, isto é, o homem com Deus.”
“O espírito humano, mesmo ressentindo-se do envelhecimento do corpo, permanece de certa forma sempre jovem, se viver orientado para o eterno.” “Se a vida é uma peregrinação em direção à pátria celestial, a velhice é o tempo no qual se olha mais naturalmente para o limiar da eternidade.” “Sinto uma grande paz quando penso no momento em que o Senhor me chamar: de vida em vida!”Se a pessoa idosa que você acompanha está doente, convém visitá-la mais vezes, levando amizade, solidariedade e conforto espiritual. Nessas visitas, fazer uma reflexão com mais tempo junto à família. Para isso, podem ser utilizados os seguintes textos bíblicos, um a cada visita:
• 2Coríntios 4, 16-18 ; 2Coríntios 5, 1-10 ;
• I Coríntios 15, 51-58;
• I Tessalonicenses 4,13-18
• Romanos 8,18-24
• Salmo 23 (22); Salmo 122 (l23)
Fonte: Guia do Lider: Pastoral da Pessoa Idosa pgs 113-114.
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