O Sorriso Etrusco, José Luis Sampedro. Editora Martins Fontes
Por Suely Tonarque - satonarque@uol.com.br
Senhor Roncone, velho sábio, enigmático, sereno e voluptuoso de Roccasera (interior da Itália), segue para Milão em busca de tratamento para sua rusca, nome que batizou sua doença (rusca= furão - fêmea, grande buraco).
No percurso, ao lado de seu filho Renato que conduzia o carro, às vezes conseguia adormecer e quando acordado observa a paisagem.
Renato observa o pai e reflete na separação de ambos (pai e filho), cresceu, foi a procura de outros caminhos, construiu família, seguiu em outra direção e ao dirigir os olhos para o pai percebe que neste afastamento sentiu a ausência de seu semblante, sua fisionomia, do amparo do seu genitor.
Ao chegar ao apartamento o velho conhece o seu neto Bruno – Brunetinho, e a partir daí a pouca/muita vida que lhe resta fica recheada, alimentada e preenchida pelos encontros inusitados, único, diferente e fora do comum com seu neto.
Nesses encontros foi permitido descobrir e iniciar a extensão da comunicação intergeracional, narrando sua existência, transmitindo para o pequeno Bruno a sua historia de vida, as suas experiências, a intensidade de seus saberes conquistados que habitam no seu psique – o seu tempo kairós e no seu corpo – seu tempo kronos, isto é, reinventou, construiu, mudou a trajetória alterando e admitindo as divergências.
Uma leitura imperdível!
Os Etruscos eram um aglomerado de povos que viveram na península Itálica (A Península Itálica ou Península Apenina é uma das maiores penínsulas da Europa, medindo 1000 km dos Alpes, ao norte, ao centro do Mar Mediterrâneo, ao sul) na região a sul do rio Arno e a norte do Tibre, então denominada Etrúria e mais ou menos equivalente à atual Toscana, com partes no Lácio e a Úmbria. Eram chamados Τυρσηνοί, tyrsenoi, ou Τυρρηνοί, tyrrhenoi, pelos gregos e tusci, ou depois etrusci, pelos romanos; eles auto-denominavam-se rasena ou rašna. Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Nenhum comentário:
Postar um comentário